Quinta Sant’Ana, uma história de romance, família, e vinhos
Ann e James Frost são os atuais proprietários da Quinta de Sant’Ana, na zona de Mafra, a três quartos de hora de Lisboa, outrora propriedade do pai de Ann, o Barão Von Fürstenberg.
A história de família tem um papel primordial na produção de vinhos desta Quinta porque são homenagens e têm uma história particular. “O facto de ser uma empresa familiar é importante; ter uma história faz a diferença na produção e negócio dos vinhos”, diz James Frost, também pai de sete filhos como o Braão, seu sogro.
O alemão Gustav Von Fürstenberg redescobrira esta velha quinta romântica, na pitoresca vila de Gradil, em Mafra, local que escolheu para viver com a família.
Consta que a Quinta fora oferecida pelo Rei Dom Luís (1838-1889) a uma atriz por quem se apaixonou, Rosa Damasceno, e que por isso tem tantos recantos românticos.
O Barão e a mulher, Paula, instalaram-se na vila, em 1960, e ali criaram Ann e os seis irmãos. Todavia, a Revolução de 25 de abril fê-los regressar à Alemanha e, só no início da década de 90, a família voltou a Portugal, através de Ann e James Frost, tomando posse dos 40ha da propriedade, dos quais 12,5 são de vinha plantada.
Em 2007, o Barão Gustav Von Fürstenberg faleceu na Alemanha, o que inspirou Ann Frost a produzir um tinto fora do normal e de perfil forte e complexo para homenagear a herança do pai, a saber: Quinta de Sant’Ana Homenagem ao Barão Gustav Von Fürstenberg 2010, um vinho caracterizado pela típica influência atlântica da região, com manhãs frescas e tardes quentes, um retrato fiel do terroir. Produzido a partir das castas Merlot (40%), Touriga Nacional (40%) e Aragonês (20%), foi inspirado no estilo bordalês com aromas fumados, taninos redondos e muita especiaria. Um vinho que se prolonga no tempo devido à capacidade de envelhecimento em garrafa.
A Quinta de Sant’Ana faz parte do projeto Lisbon Family Vineyards, que integra também a Quinta do Monte d’Oiro e a Quinta da Chocapalha, todas Quintas diferentes, mas empresas familiares.
Atualmente, o turismo representa ainda a grande fatia do negócio da Quinta de Sant’Ana, mas o vinho é que traz muitos dos eventos. James Frost explica: “As pessoas querem saber mais e conhecer a origem dos vinhos e também gostam do lado original de Portugal”.
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